26/07/2017

BRASILEIRA FAZ SUCESSO EM DUBAI COM NEGÓCIO DE DOCES E SALGADOS

Fernanda Troy criou em 2012 a Gula, empresa que produz, em média, 500 quilos de quitutes por mês.

Dubai é uma terra de imigrantes. De acordo com estatísticas do governo local, 85% dos habitantes da maior cidade dosEmirados Árabes Unidos são estrangeiros. Uma brasileira de 33 anos é membro dessa comunidade de expatriados e faz sucesso com o próprio negócio: Fernanda Troy, de 33 anos. Ela é a fundadora da Gula, especializada na fabricação de doces e salgadinhos brasileiros.

Fernanda nasceu na periferia de São Paulo. No Brasil, formou-se como técnica de enfermagem, mas atuou em diversos outros trabalhos: trabalhou como babá, vendeu pastéis, atuou em buffets infantis e trabalhou em companhias aéreas. Uma proposta de uma dessas empresas, a Emirates, fez com que Fernanda se mudasse para Dubai em 2010.

No mesmo ano, concomitantemente à carreira de comissária de bordo na Emirates, Fernanda abriu a I Love Coxinha. A empresa, que era informal, era especializada em vender o salgadinho aos brasileiros de Dubai. Dois anos depois, a brasileira decidiu se formalizar – o que nos Emirados Árabes significa usar uma cozinha industrial e não trabalhar em casa –, expandir seu portfólio de produtos e mudar de nome.

Em maio de 2012, o empreendimento da paulistana foi rebatizado de Gula. Para atender aos requisitos da formalização, Fernanda gastou cerca de 140 mil dirhans, a moeda dos Emirados. O valor é correspondente a R$ 111 mil na cotação atual.

A Gula vende doces e salgados tipicamente brasileiros: coxinhas, risoles, empadas, quiches, bolinhos e pães de queijo, quindins e queijadinhas. Além disso, a empresa tem 12 variedades de brigadeiro, beijinhos e também faz bolos. Para se ter uma ideia, uma caixa com 100 coxinhas fritas sai por 200 dirhans (R$ 170) e 50 brigadeiros custam 100 dirhans (R$ 85).

O público-alvo da empresa, ao contrário do que se poderia imaginar, não são somente os brasileiros, mas também estrangeiros das classes média e alta e os emiratis, nome dado aos árabes nativos do país. “Os emiratis são absolutamente apaixonados por coxinhas, pão de queijo e todos os docinhos, especialmente os que têm coco. O tempero brasileiro encantou todas as nacionalidades” diz Fernanda.

Para fazer seus quitutes, Fernanda aluga uma cozinha compartilhada, em que outros empreendedores preparam seus pratos. Dependendo da demanda, pode contratar entre uma e 15 pessoas de forma intermitente. “Isso é bom porque não tenho custos fixos com funcionários, algo que é altíssimo por aqui.”

Fernanda não revela quanto fatura com a Gula, mas afirma que vende cerca de 500 quilos mensais de quitutes. Nos meses de novembro e dezembro, por causa das festas de fim de ano, a produção sobe para aproximadamente 800 quilos.

De acordo com a empreendedora, Dubai é um bom lugar para se viver. “A cidade é muito nova e tem muitas oportunidades a serem exploradas. Não temos planos de voltar ao Brasil”, afirma. Um dos problemas da cidade e dos Emirados como um todo são os impostos pagos para manter a empresa aberta.

Com relação ao futuro da Gula, Fernanda afirma que, ainda neste ano, fará uma série de eventos em que chefs estrangeiros poderão experimentar a culinária brasileira..

Fonte:http://revistapegn.globo.com/Mulheres-empreendedoras/noticia/2017/07/brasileira-faz-sucesso-em-dubai-com-negocio-de-doces-e-salgados.html.