22/07/2020

Com tablet que simula lentes, franquias do Mercadão dos Óculos crescem até 40%

Tecnologia VisionLens foi implementada durante a pandemia e ajudou franqueados a aumentar o tíquete médio das vendas.

A venda de uma lente para os óculos sempre vem acompanhada de uma porção de termos técnicos, que precisam ser explicados detalhadamente pelo atendente. Pela dificuldade de entender, na prática, quais diferenças aqueles adicionais que encarecem o produto podem agregar à visão, o cliente acaba recusando.

De olho nessa oportunidade de aumentar o tíquete médio das vendas, o Mercadão dos Óculos aproveitou o período de pandemia para acelerar e disponibilizar a tecnologia VisionLens. Cada vendedor acessa o sistema por um tablet e mostra para o cliente como a visão poderá ser aperfeiçoada por algum daqueles serviços oferecidos, que podem ser antirreflexo, antiembaçante (uma aposta da marca para quem precisa combinar máscaras e óculos) e de proteção contra a luz azul emitida por smartphones e tablets (Blue Control), por exemplo.

Essa tecnologia já estava em estudo na rede havia cerca de dois anos, segundo o diretor-executivo da marca, Gustavo Freitas. Durante esse período, ele estima que a rede tenha investido cerca de US$ 1 milhão (aproximadamente R$ 5,5 milhões, na cotação atual) no desenvolvimento da VisionLens.

Além de aumentar o faturamento das lojas, o objetivo, de acordo com o empreendedor, é empoderar o consumidor na escolha das lentes. “Por meio da câmera do tablet, ele vê como a lente ficaria com a simulação.”

Atualmente, a tecnologia já está disponível em 60 unidades e deve chegar a 80% da rede até o final de julho. A meta é disponibilizar para todas as 313 lojas até o fim de agosto. “Onde estamos implantando, vemos um aumento de vendas entre 30% e 40%”, afirma.

Para adotar a tecnologia na loja, o franqueado precisa adquirir um tablet para cada funcionário e pagar um valor mensal à franqueadora de cerca de R$ 200, para a manutenção do software. 

“Vamos mudar a experiência antiga da ótica em que o técnico tratava o cliente como paciente. O vendedor andava de jaleco branco, sentava-se de um lado da mesa com o cliente do outro. Isso acabou. Nosso cliente está empoderado e paga pelo que é melhor”, afirma Freitas.