Fundada em 2018, a Scooter&Cia também importa os veículos e planeja expandir modelo de revendas.
Já não é preciso morar em capitais como São Paulo (SP) para ver patinetes ou bikes elétricas sendo pilotadas pelas ruas. Os modais vêm conquistado adeptos em várias cidades e integram um movimento maior de interesse por veículos elétricos de forma geral. Foi de olho nessa tendência que quatro empreendedores fundaram a Scooter&Cia. A empresa importa e vende não só bikes e patinetes como também scooters. No caso delas, o aluguel para empresas é outra aposta.
A empresa foi fundada em outubro de 2018 por quatro amigos de áreas diferentes, mas correlacionadas. Denise Alves e Décio Alves Júnior tinham uma rede de estacionamentos, enquanto Kleber Martinez e Eduardo Bovolato trabalhavam com rastreadores de carros.
Conversando sobre o mercado, eles viram que os segmentos alternativos aos veículos tradicionais eram promissores. "As pessoas querem cada vez mais fugir do trânsito e ser mais econômicas. Por isso, esse pareceu um nicho bom para se investir", diz Denise.
Os sócios foram então procurar parceiros na China para fornecer os veículos. Lá, encontraram uma empresa que ajuda na seleção dos produtos e na escolha de suas certificações. Hoje, a Scooter&Cia importa as patinetes, bicicletas e scooters de três fabricantes diferentes. Uma vez aqui, os produtos recebem a marca da empresa.
Só este ano, os empreendedores investiram cerca de R$ 700 mil no negócio. A empresa mantém um showroom em Osasco (SP) e a expectativa é investir mais R$ 300 mil até o final do ano. Um dos focos será a abertura de uma segunda loja, em Florianópois (SC).
O preço dos veículos varia de R$ 1 mil para um patinete infantil até R$ 13 mil para a scooter com maior potência. Entre as bikes, há também um modelo dobrável, projetado para oferecer mais praticidade.
No caso das scooters, a empresa também alugua unidades para empresas e condomínios. Diferentemente dos apps de compartilhamento, os veículos são alugados por períodos maiores para compor a frota de vigilância de espaços, por exemplo.
O plano é também fornecer os veículos para revendedores, em especial lojas de carros e motos. "Já temos alguns locais revendendo os produtos e estamos fechando mais parcerias", diz Denise.
Para alavancar as vendas, a empresa também espera superar a barreira do acesso ao crédito. "Os bancos ainda não têm linhas de crédito para o financiamento desses veículos. Por isso, muitas pessoas interessadas ficam restristas pelo valor", completa.
A empresa ainda não divulga faturamento, mas a fundadora afirma que a expectativa é ter retorno dos investimentos em um ano e meio.