Tatiana Ster fazia pulseiras e colares para uso pessoal e, em 2001, começou uma marca que leva seu nome; negócio de Uberlândia passou por problemas na pandemia, mas está se recuperando.
Quase 20 anos atrás, Tatiana Ster, 43, decidiu começar um negócio próprio. Formada em História, ela já havia tentado carreira como professora, mas não se identificou. Começou a trabalhar no escritório de uma farmácia em Uberlândia, Minas Gerais, e costumava fazer acessórios, como pulseiras e colares, para ela mesma usar. O hobby virou negócio e a empreendedora faturou R$ 202 mil em 2019 com loja de acessórios.
A marca surgiu em 2001, levando o seu próprio nome: Tati Ster Acessórios. “Minhas amigas e conhecidas começaram a me pedir para fazer para elas também, e vi nisso uma oportunidade de negócio”, afirma Ster. Ela continuou trabalhando no emprego fixo, e aproveitando a hora do almoço para comprar as peças para a produção e fazer as entregas.
Depois de um ano dividindo a rotina entre os dois trabalhos, Ster decidiu largar o emprego durante o dia e se dedicar totalmente aos acessórios. “Vi que o meu negócio dava resultado e crescia rapidamente. Já tinha até amigas que estavam revendendo minhas peças”, diz a empreendedora. Ela fazia tudo em sua própria casa, com revendedoras que levavam para cidades vizinhas e até aos Estados Unidos e Portugal.
Em 2006, a empreendedora inaugurou a loja física, também na cidade de Uberlândia. Ainda nesse momento, Ster encontrou uma grande concorrência com a importação de acessórios da China, que eram mais baratos. “Vi muitas marcas na minha cidade fecharem”, afirma.
A empresária diz que conseguiu fazer o seu negócio continuar crescendo por causa de suas peças artesanais e do relacionamento forte com as clientes — que foi facilitado pelas redes sociais desde a época do Orkut. Até 2012, ela diz que estava muito focada em fazer bons produtos e no atendimento, mas depois também também foi se descobrindo como uma verdadeira empresária e se empoderando. Quis levar isso para a marca.
“Isso trouxe respostas que eu nem imaginava, as clientes falavam que a minha marca fazia todas as mulheres se sentirem lindas”, afirma. Então Ster investiu nesse posicionamento da empresa, dizendo que vendia acessórios, mas entregava autoestima. Começou a fazer campanhas e coleções que remetessem a esses temas. “No Dia nos Namorados, tínhamos a campanha Se namore, que reforçava a importância de amar”, afirma. "Também fizemos vários eventos e vídeos com depoimentos de mulheres com histórias inspiradoras.”