A Bonsai Kai, de Marcio Augusto de Azevedo, vende as árvores em miniatura e também cuida das plantas quando os donos estão fora.
Nas temporadas de férias, a Bonsai Kai chega a receber 400 hóspedes de uma vez. Todos ficam ali, juntinhos, e recebem os cuidados que precisam. Mas o local não é um hotel para pessoas e nem mesmo para pets. Seu foco é o bonsai, árvores em miniatura típicas da cultura asiática.
A empresa foi fundada em há 24 anos pelo engenheiro civil Marcio Augusto de Azevedo, 54.
Localizado em São Paulo (SP), o local começou apenas vendendo as pequenas árvores, mas abriu as portas como hotel devido à demanda dos clientes.
Hoje, a Bonsai Kai também funciona como um hospital. Se um bonsai está debilitado e precisa de cuidados, pode ser levado até a loja para receber atendimento. "O nosso carro-chefe é a venda do bonsai, mas os cuidados também são muito solicitados", diz o fundador.
O encantamento do empresário pelas árvores em miniatura surgiu após uma viagem à Europa, há 25 anos. "Eu vi uma exposição de bonsai e fiquei fascinado. Depois, fiz cursos e comecei a levar isso como hobby", diz o fundador.
Na mesma época, ele vivia um desencanto com a construtora que tocava. "Tive problemas financeiros", afirma. Azevedo decidiu, então, mudar radicalmente. Deixou a empresa e abriu a Bonsai Kai, no Jardim Petrópolis, na zona sul paulistana.
Hoje, o empresário também dá cursos para quem quer conhecer em detalhes o que, hoje, é reconhecido como arte. "No Brasil, chamam mudinhas frágeis de supermercado de bonsai. Quanto mais tempo você cultiva a planta, mais bonsai ela é", diz Azevedo.
Os menores exemplares vendidos pela loja custam cerca de R$ 190 e tem cerca de oito anos. Os mais caros e antigos chegam a custar R$ 200 mil. O tempo e a qualidade do cultivo fazem a diferença. "Fora do Brasil, alguns chegam a valer mais de R$ 5 milhões", diz.
Know how
Hoje, a Bonsai Kai fatura cerca de R$ 600 mil ao ano. O preço para hospedar um bonsai varia de R$ 3 a R$ 10 por dia, para exemplares de até 60 centímetros de altura. Para os maiores, o preço é negociado. As diárias incluem rega, poda e adubo quando necessário.
As árvores vendidas pela loja vêm de países como China, Espanha e Japão, além de produtores brasileiros. "O mercado cresceu muito. Hoje já existem produtos nacionais e um número maior de lojas de bonsai", diz o empresário.
Para quem quer ter um em casa, a luz do sol é o fator mais importante. O tempo mínimo de exposição direta é de duas horas, mas pode aumentar de acordo com a espécie. Por isso, o ideal é ter a orientação de um especialista.