À frente da Talento Incluir, Carolina Ignarra presta consultoria para empresas de todos os portes
Três meses depois do acidente de moto que a deixou paraplégica, a educadora física Carolina Ignarra, 36 anos, foi convidada a retornar ao trabalho.
Foi o incentivo que ela precisava para retomar a vida profissional. “Acreditaram em mim quando eu mesma achava que não tinha condições de me reinserir no mercado”, afirma. Na época, ela tinha 21 anos e atuava na consultoria Movimento, dando aulas de ginástica laboral em empresas de São Paulo.
Na nova fase, teve uma surpresa: os seus clientes corporativos começaram a fazer ofertas de trabalho. “Queriam que eu ocupasse vagas de telefonista ou secretária, que não combinavam com minha formação”, diz. Percebeu que os gestores estavam despreparados para lidar com a Lei das Cotas - que obriga as empresas com mais de cem funcionários a preencherem uma parcela de seus cargos com pessoas deficientes.
“Eles queriam só cumprir a lei, e não contratar profissionais que agregassem valor ao negócio”, diz Carolina. Ainda como funcionária da consultoria, criou um novo serviço, que incluía palestras voltadas para funcionários com necessidades especiais e seus gestores.
A iniciativa fez tanto sucesso que, em 2008, ela resolveu se desligar da consultoria para fundar a Talento Incluir, ao lado da amiga Juliana Ramalho, 37 anos. Hoje, oferece serviços como análise de acessibilidade e desenvolvimento de gestores. No ano passado, o negócio faturou R$ 1,5 milhão.
Você gostou da história de Carolina Ignarra? Leia na revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios de julho o ensaio "Sem Limites". E conheça empreendedores que superaram restrições físicas e criaram negócios de impacto, capazes de melhorar a vida de quem tem necessidades - e desejos - especiais.
FONTE:http://revistapegn.globo.com/Dia-a-dia/noticia/2015/07/empreendedora-supera-acidente-e-cria-empresa-de-inclusao-de-pessoas-com-deficiencia.html