16/11/2020

Pix começa a valer hoje. O que muda na prática para varejo e franquias

Nova modalidade de pagamento amplia previsão de caixa dos lojistas, mas também pede cuidado redobrado no fluxo de pagamentos e fraudes.


Grande parte dos sistemas de pagamento estão habilitados a receber pelo Pix (Foto: Christiann Koepke / Unsplash)

 

Anunciado há algum tempo pelo Banco Central, e popularizado pelas massivas campanhas de instituições financeiras e fintechs pelo cadastramento de chaves, o Pix entra em vigor hoje, 16 de novembro, e é apontado como um pé no acelerador para um open banking ainda mais amplo no mercado nacional. Desde o último dia 3, um público seleto de cadastrados já estavam usando a funcionalidade.

O Pix é uma forma de pagamento instantânea que faz com que transferências sejam realizadas em até dez segundos, 24 horas do dia, e apenas com a informação de chaves, que podem ser CPF/CNPJ, número do celular, e-mail ou uma combinação gerada pelo sistema. Não é necessário pedir número de conta e agência bancária.

As modalidades mais impactadas pela novidade são, à primeira vista, dinheiro em espécie, DOC e TED. No entanto, outras transações tradicionais também podem perder força, como o uso de cartões de débito ou a emissão de boletos, o que pode transformar significativamente a experiência de consumo em lojas físicas.

“Por apresentar um novo jeito de comprar e realizar pagamentos, o Pix traz mudanças na experiência de compra dos brasileiros. É fundamental que os lojistas se adaptem para esse tipo de serviço, com o processo de checkout se tornando mais ágil, semelhante ao que já acontece no e-commerce atualmente”, afirma o sócio-fundador da consultoria F360, Henrique Carbonell.

 

De acordo com o especialista, grande parte dos sistemas de pagamento já estão preparadas para gerar QR Codes e realizar as operações do Pix. Caso ainda não seja o caso, ele orienta que o empreendedor lojista procure o fornecedor para a atualização do software do PDV. No caso de franquias, o franqueado precisa contatar o franqueador para que as mudanças sejam feitas. “Ao optar por esse sistema de pagamento e uma plataforma que possibilite a instalação no seu negócio, você abre espaço para cidadãos desbancarizados que, em breve, terão essa solução no celular deles”, diz.

Carbonell considera que o Pix poderá trazer benefícios operacionais para as lojas, como menor quantidade de dinheiro no espaço e um impulso para a inovação no modelo de negócio.

“O varejista receberá o dinheiro no mesmo instante. Essa praticidade permitirá muito mais agilidade ao dono do comércio para elaborar as suas estratégias de investimento, pois terá uma visão mais válida do que está em caixa”, afirma.

As modalidades mais impactadas pela novidade são, à primeira vista, dinheiro em espécie, DOC e TED. No entanto, outras transações tradicionais também podem perder força, como o uso de cartões de débito ou a emissão de boletos, o que pode transformar significativamente a experiência de consumo em lojas físicas.

“Por apresentar um novo jeito de comprar e realizar pagamentos, o Pix traz mudanças na experiência de compra dos brasileiros. É fundamental que os lojistas se adaptem para esse tipo de serviço, com o processo de checkout se tornando mais ágil, semelhante ao que já acontece no e-commerce atualmente”, afirma o sócio-fundador da consultoria F360, Henrique Carbonell.

 

De acordo com o especialista, grande parte dos sistemas de pagamento já estão preparadas para gerar QR Codes e realizar as operações do Pix. Caso ainda não seja o caso, ele orienta que o empreendedor lojista procure o fornecedor para a atualização do software do PDV. No caso de franquias, o franqueado precisa contatar o franqueador para que as mudanças sejam feitas. “Ao optar por esse sistema de pagamento e uma plataforma que possibilite a instalação no seu negócio, você abre espaço para cidadãos desbancarizados que, em breve, terão essa solução no celular deles”, diz.

Carbonell considera que o Pix poderá trazer benefícios operacionais para as lojas, como menor quantidade de dinheiro no espaço e um impulso para a inovação no modelo de negócio.

“O varejista receberá o dinheiro no mesmo instante. Essa praticidade permitirá muito mais agilidade ao dono do comércio para elaborar as suas estratégias de investimento, pois terá uma visão mais válida do que está em caixa”, afirma.

“Outro ponto importante, no caso dos franqueados que aceitarem pagamento via Pix dos consumidores, é ter um processo claro de identificação rápida do pagamento, que dê segurança ao franqueado com relação ao recebimento, e ao mesmo tempo dê conforto ao cliente no uso da ferramenta”, diz.

Dentro do sistema de franquias, Villarreal explica que cada franqueado é responsável pelo cadastramento das chaves da própria empresa, bem como pela administração do cadastro. “Vale lembrar que a movimentação via Pix poderá ser objeto de auditoria por empresas franqueadoras como forma de verificação do faturamento real e base de cálculo para cobrança de taxas periódicas.”

O Pix poderá ser utilizado, inclusive, para transações entre a franqueadora e os franqueados, segundo o especialista, substituindo a emissão de boletos para cobrança de royalties, por exemplo. Villarreal acredita que isso ajudará a reduzir os custos bancários das redes.

"O que resta saber é se o hábito de fato entrará na vida do consumidor ou se os velhos costumes de cartões e senhas serão mantidos. Neste sentido, seria muito interessante o varejo estimular a adesão ao uso do Pix", afirma.

De acordo com o Banco Central, cada instituição financeira pode praticar um preço diferente para o Pix, como já acontece com as outras taxas de transferências bancárias. Apenas MEI e pessoas físicas serão isentos de cobrança. No entanto, os valores tendem a ser menores do que nas transações convencionais. O empreendedor deve escolher o que tem a melhor relação custo-benefício.

 

Para receber um pagamento via Pix, o cliente deve acessar o aplicativo do banco ou carteira digital, realizar o login e escolher a opção de pagamento via Pix – essa funcionalidade pode ter nomes diferentes em cada instituição.

O segundo passo é escolher o beneficiário da transferência. Essa opção é mais fácil via QR Code, que poderá ser apresentado no estabelecimento de diversas formas: cartaz na parede, adesivo no balcão ou gerado a cada compra no sistema do caixa. Também é possível digitar manualmente uma das chaves do lojista ou franqueado.

Depois disso, a ordem de pagamento será gerada e enviada para o banco do beneficiário. Em poucos segundos, o dinheiro estará na conta do empreendedor.

Fuja de golpes

A Capco, consultoria de gestão e tecnologia dedicada serviços financeiros, listou alguns dos principais golpes relacionados ao Pix, que já estão acontecendo, e orienta como se proteger deles. Confira:

1. Os clientes podem receber QR Codes falsos em nome de sua empresa. Faça uma comunicação padrão sobre como o pagamento se dará em seu estabelecimento.

2. Cadastre todas as suas chaves, mesmo que não as utilize agora, principalmente o CNPJ, que é mais fácil de ser encontrado online e utilizado por criminosos.

3. Se antes já era importante proteger dados pessoais, agora é ainda mais urgente se atentar a ligações de falsos funcionários de instituições bancárias que podem pedir para confirmar dados cadastrais. Não forneça informações - a maior parte delas seu banco já tem -, e não clique em links suspeitos.

Fonte:https://revistapegn.globo.com/Banco-de-ideias/Varejo/noticia/2020/11/pix-comeca-valer-hoje-o-que-muda-na-pratica-para-varejo-e-franquias.html