11/07/2019

STARTUP BRASILEIRA LEVA SOLUÇÕES AMBIENTAIS PARA REINO UNIDO E EUA

PlataformaVerde venceu prêmio dado para empresas latino-americanas interessadas em expandir seus negócios no exterior.

A PlataformaVerde nasceu em 2017 com a proposta de usar a tecnologia blockchain para rastrear a produção e descarte de lixo urbano e industrial em grandes cidades. Naquela época, Chicko Sousa, fundador da startup, conversou com a PEGN. O empreendedor queria ajudar as empresas e os órgãos públicos brasileiros a ter maior controle sobre o lixo produzido.

Desde então, a empresa vem crescendo. Sua área de atuação, por exemplo, já foi além do registro de descartes.

Hoje, a PlataformaVerde possui rastreadores de extração de matéria-prima de alta segurança, controle de cadeia produtiva e verificação da regulamentação ambiental de empresas.

Agora, a startup se prepara para dar um de seus maiores saltos. A empresa recebeu o LatAm Edge Awards 2019, premiação dada para empresas latino-americanas interessadas em estabelecer suas operações em Londres e expandir, a partir da cidade, seus negócios para países da Europa e da Ásia.

Com a vitória, a PlataformaVerde recebe um aporte de 200 mil libras esterlinas (R$ 478 mil) para criar uma operação na capital britânica. “Nós nem pensávamos em internacionalizar o negócio. Mas começamos a ver como outros mercados estavam carentes de soluções ambientais”, afirma Souza. Assim, a empresa resolveu agarrar a chance.

A previsão é de que, até dezembro de 2019, estejam prontas as matrizes de Londres e a daCalifórnia, nos Estados Unidos. Segundo Souza, as necessidades do mercado europeu giram em torno tanto da regulamentação de marcas como também na de monitoria e tratamento no descarte de resíduos.

De acordo com o empreendedor, muitos países da região ficaram interessados no projeto de Controle e Transporte de Resíduos (CTR) que a startup realizou em São Paulo junto à Prefeitura, em 2019.

Já no mercado americano, a ideia é aproveitar o impacto de uma nova lei da Califórnia, que obriga o monitoramento do descarte de resíduos de empresas e indústrias. “Como ninguém fez isso lá, achamos que é a hora certa para entrarmos”, afirma ele.

Além da Europa e Estados Unidos, a empresa está preparando abertura de um unidade no Chile – a chegada a outros vizinhos latino-americanos está sendo estudada. Um novo centro de trabalho também irá estrear aqui no Brasil, em Florianópolis. O hub pretende abrir as portas por volta de agosto de 2019.

Blockchain
Segundo Souza, a equipe está feliz em representar o Brasil sendo uma das poucas empresas que realizam monitoramento ambiental no mundo. “Estamos ainda mais orgulhosos porque somos os únicos fazendo isso com blockchain”, diz ele.

O blockchain é uma forma de registro que distribui suas informações por vários lugares da rede. Por ser descentralizada e criptografada, é mais segura. 

Segundo Souza, a tecnologia está na moda nos últimos tempos e, por isso, alerta para a sua banalização. “Não faz sentido usar blockchain se você está operando em um sistema próprio, interno, onde se confia que os dados passados são verdadeiros”, explica ele.

Agora, se os dados são públicos e passam por um grande número de pessoas que fazem checagem dessas informações constantemente, é importante que exista algo que certifique a veracidade desses dados.

Aí entra o blockchain. “A tecnologia é uma solução boa não só para empresas como também para governos. Estamos felizes de fazer parte dessa transformação no método de registro de informação”, afirma ele.

Fonte:https://revistapegn.globo.com/Startups/noticia/2019/07/startup-brasileira-leva-solucoes-ambientais-para-reino-unido-e-eua.html